PARQUE NACIONAL DO IONA, NAMIBE, ANGOLA
O Parque Nacional do Iona foi estabelecido como Parque Nacional de caça em 1937, passou a situação de Reserva de caça de Moçâmedes, com alterações dos limites em 1944, elevado a condição de Parque Nacional de Porto Alexandre em 1957. Passou a ser designado por Parque Nacional do Iona em 1964, com a alteração dos seus limites.
Localização
O Parque Nacional do Iona, localiza-se no Sudoeste de Angola, à cerca de 200 km da cidade do Namibe, entre o Oceano Atlântico e os rios Cunene e Curoca, ocupa uma área de 15.150 km2. O mesmo encontra-se limitado a Norte pelo rio Curoca, a Sul pelo rio Cunene (que faz fronteira com a Namíbia), a Oeste pelos rios Cunene e Curoca e a Leste pelo rio dos Elefantes.
Características Biológicas
Flora: Sub litoral ou sub costeira: arbustivas e herbosas, de ciclo vegetativo copophos, permum, aristida, schimiditia, setaria. Estepes conteiras que correspondem a vegetação semelhante ao sub-deserto, ralas descontínuas, de ciclo vegetativo efémero, com aristida, cissua, salvadora, e povoamento de Welwitschia. Desértica com dunas em movimento, vegetação dominante pelas espécies odyssea e sporobulos
Fauna: Mamíferos de grande porte como o Elefante Africano, Girafa Angolana, Leão do Deserto, Mabeco, Hiena malhada, Hiena castanha, Chacal de dorso negro, Portelo, Leopardo, Chita, Zebra-da-planicie, Zebra-de-montanha, Órix (Guelengue), Impala de face preta, Cabra de leque, Punja, Conca e Chine. O parque alberga também colónia de Focas e crescimento e uma grande variedade de aves como: Pelicanos, Cegonha-branca, flamingo-menor, Gaivotas do bico amarelo e vermelho e Corvos Marinhos. .
Características Geográficas
Altitude: Mínimo nível do mar, máxima 2040 m.
Topografia: Dunas desérticas, extensas planícies, montanhas agrestes e escarpado.
Hidrografia:
- Rios: Cunene permanente, Curoca Intermitente;
- Lagos: grandes lagos sobre o Curoca;
- Zonas alagadas: pequena zona pantanosa na foz do Cunene.
Clima: Estação meteorológica mais próxima: Tômbwa no limite Norte; Temperatura: Média anual 20,1º C; mês mais frio: Junho(16,4º C); mês mais quente Março (23,9º C); Precipitação: anual - 13 mm.
O Parque Nacional do Iona está situado no canto sudoeste de Angola e constitui a ponta norte do Deserto do Namibe. Deserto este que é considerado o deserto mais antigo do mundo com mais de 55 milhões de anos. Estende-se por uma área de aproximadamente 81.000 km2, abrangendo o sul de Angola, desde a Equimina em Benguela, toda costa da Namíbia, terminando na África do Sul.
A reserva do Iona é contígua ao Parque Nacional Skeleton Coast, na Namíbia, criando - em conjunto com a Reserva Parcial do Namibe ao norte - uma das maiores áreas de conservação transfronteiriça (TFCAs) do mundo. Juntos, eles cobrem quase 50.000 km2, dos quais o Parque Nacional Iona abrange 15.150 km2.
Embora tenha sido declarada um Parque Nacional em 1964, a região sofreu mais de quatro décadas de conflito, incluindo a guerra da Independência (1961-1974) e a Guerra Civil angolana (1975-2002). Durante esse tempo, as populações de Rinocerontes negros e Elefantes foram erradicadas, a infraestrutura foi destruída e tremendas dificuldades foram suportadas pelas comunidades locais. Com o fim do conflito, as comunidades locais começaram a retornar a áreas anteriormente não perturbadas do parque, onde populações viáveis de Zebra, Órix (Guelengues) e Springbok (Cabra de leque) permaneceram, juntamente com populações remanescentes de Chitas, Leopardos e Hienas castanhas e Chacais de dorso-negro.
Com a sede oficial no Pediva desde 18 de Maio de 2024 e sob gestão da Afrikan Park, o parque vai ganhando outra dinâmica, visando a conservação, restauração e revitalização do seu ecossistema, para garantir sua sustentabilidade ecológica, social e econômica a longo prazo, tanto para sua vida selvagem quanto para seu povo. Com a conservação e otimização do turismo e outras atividades sustentáveis de geração de receita, o Iona tem o potencial de apoiar ecossistemas saudáveis, tanto terrestres quanto na interface terrestre-marinha, para beneficiar as pessoas no futuro.
Os planos para restaurar espécies anteriormente perdidas na paisagem começaram com a reintrodução da Girafa angolana em 2023 e 2024. Embora o aumento de um número de pessoas e gado tenha colocado pressão sobre o ecossistema nos últimos anos, o envolvimento positivo e contínuo da comunidade tem contribuído para a integração bem-sucedida da mesma, em práticas de gestão sustentáveis no parque.
Principais Destaques:
- Dunas gigantes com mais de 300 metros de altura, oferecendo uma paisagem exoberante e experiências turísticas fantásticas. É dos poucos lugares no mundo onde se pode apreciar o encontro do mar com dunas numa sincronia natural perfeita;
- Reintrodução da Girafa angolana em 2023/2024, com mais de 25 unidades em perfeita comunhão com o ecossistema do parque e com grandes perspectivas de reprodução a médio prazo;
- Mutumbo ou Ntombo, registrada cientificamente como Welwitschia Mirabilis, também considerada como um fóssil vivo, pois que, pode viver mais de mil anos. É um ícone do Deserto do Namibe em constante reprodução no território nacional e só existe no Namibe, em Angola e na vizinha República da Namíbia;
- Integração das comunidades autóctones no plano de conservação da vida animal dentro da reserva;
- Crescimento das populações de antílopes e outras espécies com a redução significativa da caça furtiva no interior do parque.
Vens connosco visitar o Parque Nacional do Iona?